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Postagem numero 1 - MINHAS HISTORIAS HARDCORE: Apresentação, auto retrato!

Criado em 2008 o Blog do Tchek veio com o proposito de trazer, informações, noticias, entretenimento, fatos, novidades e tudo mais que for de bom relacionado ao mundo do surf, no Brasil e no mundo. A partir do ano de 2012 quando retornamos as atividades de postar com mais frequência, tomei a iniciativa de periodicamente postar a minha coluna pessoal intitulada ''MINHAS HISTORIAS HARDCORE'' narrativas de alguns episódios que aconteceram comigo e com a minha galera, fatos relacionado ao surf, experiências que marcaram minha vida ao longo dos meus exatos 25 anos (completados em 2011) pegando ondas. 

A minha intenção de expressar isso aqui no meu BLOG se deu pelo fato de já ter passado por muitas experiencias boas e outras não tão boas assim, os altos e baixos  que todo mundo passa na vida, situações cômicas, criticas e as vezes de alto risco, enfim... Mas é como diz o ditado vivendo e aprendendo, eu sei que no fundo no fundo os momento negativos de certa forma ajudaram, me fizeram amadurecer, pensar e refletir antes de tomar qualquer atitude inconsequente que pudesse me levar a uma nova enrascada, resumindo serviu para me tornar um ser humano cada vez melhor! 


Hoje quando falo com pessoas daquela época que estiveram comigo ou ainda estão, sempre rola aquele momento da resenha e da nostalgia, relembrar momentos dos velhos e bons temos que não voltam mais, afinal dizem que recordar é viver, por isso essa coluna é para que também fique vivo de forma impressa para sempre fisicamente alem de constar na minha memoria! Portanto eu não poderia de deixar de falar da minha própria historia desde o começo, a minha trajetória de como iniciei no surf. 


                                  Ontem, hoje e para todo o sempre surfista de alma!

Eu posso testificar que realmente o surf é um agente transformador, digo isso porque (sendo esse o País do Foolbol) como a maioria dos Brasileiros eu poderia ser mais um fanático por bola desde pequeno, ou por outro esporte qualquer, mas me identifiquei mesmo foi com o surf, esporte esse que mudou para sempre essa rota tradicional que existe no Brasil, e consequentemente me fez ser uma das pessoas mais felizes do mundo! Descobri cedo que estava fazendo exatamente aquilo que gostava, pegar onda, e digo mais, sem influencia de ninguém e sim incetivo próprio e isso é algo do qual me orgulho muito!  
Nunca me esquecerei dessa prancha, a Caster foi a minha primeira prancha de surf de verdade depois da prancha de Isopor!
Veja agora nestas poucas linhas o resumo do meu testemunho ''surfistico''

Primeiramente agradeço a Deus por ter me dado o privilegio de ser um verdadeiro surfista, surfista de alma que ama mesmo esse esporte e para sempre desde o meu batismo de fogo nas ondas da pria de Back Door em Olivença/Ilhéus Bahia no ano de 1986
O meu primeiro contato com o surf foi quando achei uma revista de surf (Fluir, exatamente essa revista ai de cima ó!) Isso foi no ano de 1985, a revista estava debaixo do colchão de um irmão mais velho que costumava guardar ali também as suas revistas de mulé pelada, das quais eu aproveitava o bonde também para dar umas paginadas nelas é claro, num sô besta eheheeehehehe!!! 

A verdade é que fiquei muito intrigado, era algo novo, bonito de se ver e muito diferente de tudo para mim! Passear sobre as ondas, um negocio que eu nem sabia o nome direito (prancha) eu chamava de lancha, foguete, pôxa aquilo encheu meus olhos, ficava pensando eu em cima daquilo, uau ia ser demais! Todos os dias eu olhava a revista fascinado e atrás de respostas, como é que funciona? De que é feito? Onde achar? Foi a partir dai o inicio da verdadeira paixão pelo surfa, o inicio da minha trajetória de como eu comecei a surfar em meados da década de 80, mais precisamente no ano de 1986   

Bom, esse é o trecho da alavancada. Aos 11 anos de idade ganhei numa troca de presentes uma prancha de isopor de uma amigo que estava se mudando com a família para outra cidade. Tive apenas uma oportunidade de me banhar com ela na água salgada, tentei mas não conseguir ficar de pé nela, isso me motivou mais ainda a querer ficar de pé nela e surfar, a partir dali eu pensava, custe o que custar eu tenho que ficar de pé!!! Mas que nada, aquela pranchinha de isopor parecia mais uma mula braba que não deixa ninguém montar nela, sem contar que isopor na água é que tem quiabo, eu  tomei foi 10 x 0 dela! Mas não tem nada não pensava, a minha hora vai chegar...

Pouco tempo depois conheci alguns caras mais velhos que eu já os tinha visto poucas vezes, moravam há dois quarteirões da minha rua, eles já eram surfistas há um bom e eu não sabia, soube depois. Conversa vai conversa vem sobre prancha de fibra de vidro, surf, praia, manobras, moda e etal.. Aquilo me deixou mais doido ainda!!! Dai de repente perguntei a um deles se tinha uma prancha pra me vender, na hora ele me ofereceu e sem titubear fui depressa pedir dinheiro pra minha mãe para compra-la, mas recebi um redondo e sonoro NÃO!!!

Desde então eu ficava matutando de dia e de noite como eu iria fazer para conseguir comprar aquela prancha de surf de verdade, porque eu já tava pra lá de fissurado e cansado de fingir de surfar com minha prancha de isopor no quintal de casa. Depois de mais umas e outras vezes insistindo com minha mãe, mas sem sucesso, decidi que tinha que tomar providencias por mim próprio. Então percebi que era final de ano, época de comprar roupas novas e sobre isso ela, minha mãe jamais poderia me negar, estava liberado pra escolher qualquer tipo de roupa, foi ai que tive uma ideai brilhante!!! Conduzido por meu irmão fui até a loja, escolhi comprar roupas de marca de surfista que tinha visto na revista, isso foi na mais famosa surf shop da minha cidade que pertence aos irmão Argolo, surfistas de Ilhéus que fizeram historia na década de 80. 

De volta ao planejamento, caladinho no outro dia fui correndo procurar o cara dono daquela prancha pra fazer uma proposta a ele, a proposta era trocar algumas peças de roupa pela prancha dele, para minha alegria ele topou no ato, ''vamos fazer negocio sim''! Mas eu percebi que o disinfeliz me enrolou  mais do que peixe no jornal com sua conversa invocada de quem era intendido da coisa e com um vocabulo surfês dizia que tava fazendo negocio por que era pra mim e tal... Eu só, humm, humm!!! Só sei que nessa o fí da mãe acabou levando a melhor, as roupas e mais uma pequena quantia em dinheiro que tive que dar depois, mas quer saber? Pra mim tava tudo ótimo!  Agora pronto, tava fechado o grande negocio que fez com que ambos ficassem felizes da vida, ele com as roupar e mais uma graninha e eu agora com minha prancha de verdade debaixo do braço mesmo ela com fofuras, quilhas, rabeta e bico quebrados não me desanimou, peguei a minha boia e fui pra casa esperar o melhor momento para entrar sem que ninguém  me notasse. 

Chegando em casa coloquei a melhor prancha do mundo em baixo da cama e por alguns dias consegui mante-la em oculto, até que descobriram e eu não tava na hora, pense o risco que corri! É bem verdade que tentaram me fazer devolve-la, mas ai não teve jeito bati o pé no chão dei um calundu daqueles e depois de muitos blá blá blá e deixa não deixa viram que era inútil tentar me fazer mudar de ideia!  
Logo junto com alguns amigos que também foram contagiados pela febre bem quente do surf, começamos a traçar os nossos roteiros do surfari pelas praias da região, Ilhéus, Olivença, Itacaré, mar grande e outro picos... Assim as famosas barcas eram formadas todo fim de semana, já que não tivemos o privilegio de morar de frente para a praia pra surfar todos os dias, sendo nós de uma cidade onde não tem praia e a mais próxima fica distante cerca de 32 km, essa era a nossa alternativa, mas o importante é que estávamos firmados rumo a consolidação, eramos surfistas de espirito aventureiros e o nosso surf evoluía mais e mais! 
É isso ai galera, esse foi o meu resumão de como iniciei a surfar. A continuidade dessa historia de lá pra cá são outras ondas como diz o outro. Aloha!


Autor: Marcos Tchek

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